Por volta dos meus sete anos tinha uma turminha de meninas próximas a mim que começaram a fazer balé.Falei,argumentei,pedi a minha mãe mas foram as minhas irmas que se responsabilizaram para me levar.
Chegando lá.Encontro uma espanhola como professora.Braba e exigente.Fiquei com medo.Em seguida quando não me sentia tão segura,errava os passos.Disse que não queria ir porque minha saia não era igual a das outras.Bobagem minha saia era linda.O que eu queria mesmo que pelo menos no inicio minha irma me olhasse e me visse dançar.Como uma ancoragem a aquela professora braba.Mas a minha irma não pode.Desisti do balé e .assim foi com o piano.Dessa vez era uma alemã.E era obrigatório.A aula era na escola.Eu fazia de tudo p escapar daqueles gritos a cada nota trocada.Até consegui um dia cair numa poça d'água e fui bela e formosa com a diretora para casa.Evitando assim a me encontrar com a professora Èrica.Escrevia redações e dava para amigas que tocavam bem para ela ficar encantadas com os progressos das minhas amigas e nem perceber minha ausência.Às vezes dava certo.Hoje pensando bem...para além dessses atravessamentos.Meu dom mesmo estava em movimentos mais amplos.Fui para a patinação.Para o võlei.Para o teatro e me dei bem.Mas agora vou ter que voltar a me a ver com o balé.Maria clara(minha filha) há um ano vem pedindo,sonhando em ser bailarina.Prometi que aos quatro ela iria e irá.Como vai ser seu percurso?Vamos ver.De certa forma o filme Cisne Negro è um embate entre mãe e filha.Um embate entre ser uma jovem adulta a adultescer.Permanecer doce,frágil,meiga frente aos avatares da vida ou de deixar de ser a menina meiga da mãe e com isso encontrar recursos para lidar com a vida.Perder o rsto angelical...quase com cara de sem sexo para aceder a sexualidade.Descobrir seu corpo e com isso seu professor foi até as últimas consequências para despertá-la enquanto mulher.E ao meu ver não só porque esse papel de cisne negro era fundamental para sua carreira mas porque precisava mesmo sem saber desesperadamente se separar da mãe.De uma mãe cruel que passava o dia pintando telas...até sua filha chegar.E qdo sua filha chegava tratava de ainda ajudar sua filha(uma jovem adulta) a tirar a roupa e além disso de vistoriar suas costas .Se estavam arranhadas.Mal sabe essa mãe que essa aleria que ora passava,ora retornava.ou mesmo quando essa jovem coçava era uma defesa contra esse excesso materno que a assolava a cada treino.A filha-meiga travava o seu corpo...e o professor lhe dizia"solta esse corpo".E sua expressão de sofrimento era comovente porque era como se ela olhasse para ele e dissesse mas como posso fazer isso???O sagaz professor vendo ela colocar todo seu esforço na disciplina,na técnica.Lhe diz que ela precisa seduzir.e diz a ela vá para casa e se masturbe.Se não me ngano antes disso lhe da um beijo na boca que a deixa meio zonza!O fato é que numa noite ela começa a acariciar seu corpo e quando esta se soltando olha para o lado e vê sua mãe deitada na poltrona do seu quarto.Que invasão!Dai segue uma série de deslocamentos...ela busca um pau de madeira p além de chavear seu quarto tivesse mais essa barreira.Tira os vários ursos de pelúcia (da menina meiga) e coloca no lixo.Quando a mãe quer vistoriar seu corpo não a deixa mais.Afinal soltar o corpo no balé implica em se desgarrar do olhar,toque e presença onipresente dessa mãe..
Parece-me que a entrada dela como papel principal e a saida da Beth(bailarina veterana) atualiza nela o vacilo de ser uma estrela mesmo que a mãe não tenha podido ser.Se por um lado ela se distingue das fofoqueirinhas que estão rindo dessa velha bailarina que dançara pela última vez.Ela acha triste.E é mesmo!Tanto que entendo que os pequenos roubos que ela faz do camarim da beth não se trata só de um pedido de perfeição como ela diz mas o de um reconhecimento,de uma filiação.Quero ser que nem voçe.O que tu podes me contar sobre a vida de bailarina?Afinal ela não é uma bailarina fracassada como a mãe.Ela apenas não conseguiu fazer o luto de fim de carreira.Tanto que provoca o acidente como forma de interomper que acontecesse a última dança.Mas a jovem bailarina insiste vai até o hospital.Não basta mandar flores como muitos mandaram.Quer falar,saber algo dela.Mas A Beth não pode responder a esse lugar a qual esta sendo convocada.Sigo falando dos deslocmentos dessa jovem bailarina para se tornar o cisne negro nos próximos capitulos.O sono não me deixa mais escrever...
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