quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Reencontro com a Kriska.Com a autoria.Com a paternidade.

Quando Kósta surge no aeroporto está Pisti e Kriska o esperando.José logo percebe que Kriska esta bem mais gordinha.Bom,ela esta grávida!!
 Num primeiro momento dado o reconhecimento do seu livro.Artigos antigos que reapareceram José quer gritar a todos que ele não é o autor.Que sofrimento essa autorização.Quem ele precisava abandonar para se autorizar?O que?
  Ele diz"....E a sós com ela,na meia luz do quarto esfumaçado,cheguei mesmo a me convencer de ser o verdadeiro autor do livro"(p173).E como toda mulher quando no livro ele se referia ao Rio ela dizia para passar rápido e quando se referia ao encontro com ela pedia  a ele que repetisse várias vezes(rs).
 "No instante seguinte se encabulou,porque agora eu lia o livro ao mesmo tempo que ele acontecia.Querida Kriska,perguntei ,sabes que somente por ti noites a fio concebi o livro que hoje se encerra?"....(p 174).
   Entendo que o encontro com o estrangeiro libertou José das repetições infindáveis que permeiam seus actings-Rio-Budapeste e vice-versa.Não o libertou da sua neurose, afinal teve muita ajuda do acaso nos momentos dificeis e  que seu recurso mesmo com a mulher amada era o silêncio. Mas do que tenho notícias do que mais me tocou foi o silêncio  que acompanhou José em tantas passagens importantes da sua vida.Seu livro.Seu desejo e amor por Kriska(qtas vezs ele calou isso?)Seu lugar junto ao filho.

Bom...tem muitos pontos a serem abordados .Podemos seguir conversando a partir dos comentários.Mas não posso deixar de dizer que por experiência vivida o silêncio faz mais barulho que as palavras...Por isso digo-FALA,JOSÈ!!!

E para aqueles que desejam seguir conversando sobre Budapeste, já adianto que o filme não é recomendável. Pois, no meu ponto de vista, subestimou o encontro de Kriska e José, transformando o desejo que os tomou em uma trepada!

Um comentário:

  1. Fiquei muito desejosa em ler o livro!
    Uma vida anonima é atraente, pois por um lado te liberta dos julgamentos de assinar as próprias paginas da vida. Por outro, te amarra a culpa de trair sua própria letra, o que o silêncio de Pedro vinha denunciar o quão imperdoável era.
    Quem sabe esse furor do leitor em querer fazer Pedro falar onde só vinham pensamentos, seria nossa identificação com o personagem, onde tantas vezes não conseguimos decrifrar nossos silêncios e daquelas pessoas que nos constituiram também. Saber calar e saber falar é também uma arte, não é mesmo?
    abçs,
    Eduarda

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