Então além da Beth (bailarina em final de carreira).Essa jovem meiga estava sempre de olho nas bailarinas mais selvagens,ferinas,audaciosas e sensuais...como se soubesse inconsciente que precisasse recolher algo delas para si.è nesse momento de que uma dessas bailarinas se aproxima .A convida para sair a noite.Ela topa mesmo com sua mãe tentando a impedir.dançam,se divertem mas a espertalhona havia colocado algo em sua bebida.Nessa noite tem sonhos eróticos com sua colega.Que devemos ler muito mais como acesso a sexualidade do que como escolha homosexual.Acorda sobressaltada e atrasada.Pois era o ensaio final.Berra com sua mãe porque não a acordou?A mãe responde porque tu não tem força.Condições p suportar essa vida.Toda mãe é meia madrasta mas essa é muito cruel,certo?
Ela vai até o ensaio a perigosinha da noite anterior esta com sua roupa para o ensaio final.Ela pega seu professor lhe da um beijo com mordida diz o papel é meu e é que irei ensaiá-lo.O professor fica perplexo pela mordida ...e erA isso que o papel de cisne negro demandava.Ela arrasa no ensaio.Feroz,sensual.è,parece que aprendeu a duras penas que não bastava técnica e disciplina precisava da arte de seduzir...e só conseguiu quando deixou de ser a meiguinha da mamãe.
No dia estréia com atraso tbém mas chegou!!Embora teve umas escorregadelas na apresentação.E isso aconteceu quando lhe vinham pensamentos em relação a mãe e o grude corporal que as assombravam.afinal ao ganhar o papel prinicpal.Ao não bancar mais a menininha da mamãe e sim ser uma mulher...era muita separação ao mesmo tempo.E o principal ser uma bailarina de sucesso era deixar a mãe para trás...no sentido de separar-se do fracasso da mãe e poder sem culpa se reconhecer como boa bailarina.
Durante a belissima apresentação ela sentia sair sangue de seus pés e costas.Alucinação ou verdade?Pouco importa!!O que importa é testemunharmos o quão dificil era para ela se separar da sua mãe.Cena arrepiante é quando ela seguindo as dicas de seu professor ela se masturba.Para conhecer seu corpo.E acorda sobressaltada porque ao olhar p o lado ve sua mãe sentada ao lado de sua cama.Esse sangue que escorrega em seus pés e costas durante a belissima apresentação testemunha o quanto uma mulher trabalha psiquicamente para se fazer mulher...não são só gotas de lágrimas mas de sangue ...passagem essa que passa por trair a mãe.diminui-la de tamanho e olhar o pai,depois os homens....não aparece nenhuma referencia ao pai durante o filme(que aliás recomendo.vale a pena ver!)Mas bom esse pai tava condensado no professor(e porque não?).è na falha de um há ainda a possibilidade de bons encontros na vida que fazem toda a diferença no desenlance da vida.Esse encontro-profesor-pai-homem e a bailarina-menina-mulher foi um desses que fica para sempre...
Nossa, confess que fico meio sem palavras ao ler toda a tua construção em cima desse filme tão tocante! E o qto esse filme ainda faz barulho p mim, enfim... O qto cada uma de nós precisa trabalhar psiquicamente, cada uma a seu modo, para se fazer mulher, para deixar de ser menininha (sim,a da mãe), para se ver e se autorizar como quem tbém pode ser mulher, dona de seu corpo e de seus desejos. Poder ser a bailarina principal que a mãe não foi! Quem lê pensa que é fácil, mas só a gente sabe o trabalho psíquico que tem por aí.. Nem preciso dizer pq foi tão dificil escrever nesse post,né?rs! Beijao amiga
ResponderExcluirAdorei esse filme, achei o teu artigo muito interessante. Esse filme me fez pensar em tantas coisas! Acho que a maioria das meninas desejam ser bailarinas. Como na musica do Chico, "medo de cair, medo de vertigem, ela nao tem". Ja faz algum tempo que a Isadora esta me pedindo pra entrar no balé. Aqui na França, é só a partir dos quatro anos. Isadora Duncan foi uma grande coreógrafa e eu sempre sonhei em ser bailarina. Quando eu tinha uns 5 anos,pedi a minha mãe que me colocasse na aula. Eu tenho uma tia que é 5 anos mais velha que eu, que ja fazia um percurso de talento nessa mesma escola.O problema é que eu nasci com um problema congênito no quadril. Para mim o balé era impossivel. Foi muito duro lidar com essa castração tão cedo na vida. Hoje penso que foi cruel me colocarem nessa situaçao. Um recalque da minha mãe em relação ao meu "defeito de nascença", mas que me custou muito caro na vida.Hoje em dia, minha filha vem me pedindo para ser a bailarina, uma outra historia, mas que ja começou em outra época. Histórias entre mães e filhas, entre madrastas e princesas. Ser mãe de menina, o tarefa dificil. Como fazer para encontrar o justo limite entre o amor e a liberdade? et voilá o que o teu artigo me fez pensar...
ResponderExcluirCarla,
ResponderExcluirTenho acompanhado seus comentarios, aliás análises: que coisa mais linda, verdadeira, lúcida.
Eu, como admirador da figura feminina, fiquei louco de vontade de vê o filme, porém, infelismente, já saiu de cartaz aqui na Bahia.
Soube que voltará, estou de olho.
Porém estou meu indeciso: é que suas análises sào tão boas que fico temeroso de ocorrer o que quase sempre acontece quando lemos um livro, que aguça nossa imaginação, e quando vira filme nos decepcionamos.
Fiquei particularmente curioso com a expressão: "Toda mãe é meia madrasta", a qual nunca tinha ouvido falar.
Fica a pergunta: O que levaria uma mãe a ser um pouco madastra? Seria um pouco de disputa feminina? Mêdo que a filha cometa os mesmos erros por ela cometidos, ou sofra as opressões do mundo machista e portanto sentimento de proteção?
Gostaria que voce aprofundasse esse assunto.
Grande abraço e continue firme, voce esta ótima.
Rogério
Opa!Tava esperando uma visão masculina.Pontual tuas colocações!!Qto a mãe que é sempre em alguma medida madrasta é de constituição.Afinal quando ela ta murchando em geral a sua menininha ta desabrochando como mulher!E ai?Bom tomara que ela ainda tenha aind aum olhar de um parceiro...amigas,trabalho que ela possa lidar com essa falta sem amrgurar.Nesse ponto a mãe-madrasta da bailarina é cruel,certo??Haja trabalho p essaa filha sair dessa!!
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